domingo, julho 31, 2005

1.
1.a
1.b

2.
vc já viu uma bergamota?

3.
odeio quando estou ouvindo alguma música, prestando muita atenção, e algumas pessoas aparecem falando milhares de coisas e te desconcentram

cacilda

algumas coisas em mim mesmo me surpreendem. certas situações acabam tendo uma resposta inesperada minha.
não imaginava.

eita

sábado, julho 30, 2005

portas

acho que estou meio down. escrevi esse texto agora.
~

PORTAS

Assim que se deu conta do que fez, o rapaz tentou sair. Mas não conseguiu. E continuou a caminhar pelo longo corredor, que era o que lhe restava fazer.
Estava primeiro em uma grande sala, com muitas portas que levavam a inúmeros corredores. Algumas misteriosas, outras amedrontadoras, muitas tentadoras. Escolhera a que lhe fosse mais conveniente e mais próxima de sua personalidade. Deu de cara com um longo corredor. De longo não se sabia desde o início, porque só conseguia ver a poucos metros adiante. Alguma neblina, ou algo do tipo, o impedia de enxergar o corredor até seu fim. Mas não lhe restava outra opção que não fosse continuar andando. Algo o empurrava para frente mesmo contra sua vontade.
O corredor que estava tinha muitas portas. Algumas grandes, outras pequenas. O rapaz nunca havia entrado em nenhuma delas. Seguia seu caminho solitário e linear pelo chão, às vezes incerto de seus passos, outras vezes com muita certeza de suas escolhas.
Mas não entrava em nenhuma porta. No início do corredor, algumas estavam abertas, escancaradas. Uma ou outra o rapaz não viu, ou não quis entrar porque achava que havia portas melhores lhe aguardando. Mesmo não podendo ver muito adiante.
Algumas portas lhe tentavam. Eram essas portas grandes ou pequenas. Em certos termos, seguia algum padrão. Até agora, continuava no corredor, ou porque não quis se aventurar por nenhuma porta que lhe abrira ou porque as portas que lhe agradavam não abriam de jeito nenhum. Todas as que ele queria entrar estavam trancadas. Algumas com maçanetas, mas não tinham chaves; outras estavam tão altas que o rapaz mal conseguia alcançar. Algumas até tinham vidro que lhe permitiam ver seu interior, o que o tentava ainda mais a vasculhar seus interiores, ainda que sem sucesso. Outras ainda só se abriram depois que o rapaz passou por elas. A essa altura, o rapaz já tinha tentado entrar em cinco delas, nenhuma estava aberta.
Como não conseguia andar para trás, às vezes olhava, inconformado com algumas, orgulhoso com outras. Algumas tinham sumido misteriosamente, e permanecem apenas na lembrança do rapaz.
Por alguns passos o rapaz não encontrou portas, ou elas estavam muito distantes, ou então não lhe agradavam o suficiente para satisfazer sua curiosidade e entrar.
Com a porta que está agora ao seu lado, não é diferente. Nela, não há maçaneta. O rapaz consegue ver através dela, mas apenas vultos e não imagens claras. São imagens sugestivas, que o colocam em dúvida se está ou não lhe convidando a entrar. Às vezes a porta, por si só, abre e fica entreaberta, mas é muito pesada para ele empurrar e entrar de vez. Outras vezes a porta se fecha sozinha, e o rapaz nada tem a fazer a não ser continuar a caminhar pelo longo corredor.
Ainda bem que ele não sofre de claustrofobia.

~

... e aquele "não" de ontem não era para qualquer outra pessoa senão para mim mesmo.

sexta-feira, julho 29, 2005

não.

quinta-feira, julho 28, 2005

manometria e PHmetria.

não recomendo a ninguém esses exames.

o primeiro mede a força muscular dos canais esofágicos. um tubo entra pelo seu nariz, desce até o estômago. muito incômodo.

o segundo é pior ainda. um outro tubo, mais flexível, desce também pelo nariz até o estômago, e se conecta a um aparelhinho externo que mede a acidez no esôfago. acontece que tem que ficar com essa sonda por 24 HORAS! nhé! 24 horas com o maldito tubinho entrando pelo nariz e descendo pela garganta.



nhé.

quarta-feira, julho 27, 2005

... and the stars look very different today

a impressão que eu tenho é a de que há algo diferente. não sei se em mim, se é no ar, se é nas pessoas ao redor. mas há essa impressão, essa sensação de algo roto, alguma coisa fora do lugar.

estranho.

segunda-feira, julho 25, 2005

oba

~

Miréia Canalda, a modelo espanhola apontada como pivô da separação de Ronaldo e Cicarelli, está passando férias no Brasil e não descarta a possibilidade de namorar um brasileiro. A afirmação foi feita no programa De Olho nas Estrelas.

~

hahaha

só mais um comentário ao post anterior:
será que o Sherlock Holmes faria o mesmo? chame o James Bond!

domingo, julho 24, 2005

death on the tube

... e aqui estou eu, de volta à minha casa, depois de uns dias fora. e trouxe comigo um resfriado.

~

fiquei sabendo alguns dias atrás da notícia do brasileiro morto por engano. estou num misto de perplexidade e decepção com a scotland yard.
fosse ele responsável por qualquer um dos atentados ocorridos em londres, ainda assim não veria motivo para matá-lo. e vi uma entrevista com o primo do rapaz que também mora lá, e ele disse, em meio a muitas frases preconceituosas, alguma verdade: que não seria necessária tanta violência.

afinal, por que o rapaz fugiu, correndo da Scotland Yard no metrô e até pulando uma catraca? quem não deve, não teme.

e é muito incômodo ver o preconceito aflorar nas pessoas numa situação como essa. preconceito por achar que uma pessoa, com essa ou aquela aparência, pudesse ser morto assim, no achismo imprudente de uma sociedade que, com razão, vive com medo do próximo.

londres está enfrentando uma situação com a qual nós, paulistamos, já estamos acostumados a lidar. os cariocas também.

terça-feira, julho 19, 2005

supermercados são divertidos.
claro que não digo isso se é pra ir fazer as compras do mês. mas outro dia tive um sonho em que estava em um, e eu ria de se doer a barriga. e tenho umas duas histórias legais em supermercados:

1. houve um ano em que fui ao interfau e precisava comprar mantimentos para a semana. coisas de acampamento. então fomos eu, meu pai, meu irmão e meu primo João para as compras, num Extra às 11 da noite. Chegamos lá e começamos a atacar as sessões de chocolate. a gente ia passando e tacando as coisas no carrinho, e o carrinho enchendo, e a gente pondo guloseimas, e as pessoas olhando, e haja carrinho pros doces. dois gordinhos e um magricela atacando as tranqueiras do supermercado. haha. e coisa útil que é bom, nada.

2. também num interfau, o de 2003, o último que eu fui. estava com uns amigos fazendo compras, nós somos os reis da indecisão. para tudo era uma vida escolher: manteiga teixeira ou manteiga aviação? qual é mais barata? qual dura mais fora da geladeira? água sei-lá-qual ou da outra? cinco garrafas ou um galão? e se fosse um galão mais umas garrafas? mas o ápice foi ao chegar na sessão de macarrão instantâneo. miojos, mil. miojos galinha suave ou miojos tomate? miojo cremoso ou miojo normal? miojo gostoso ou miojo insosso? o fato é que ficamos três horas no supermercado. não é à toa que algumas pessoas ficaram putas com a gente. hahaha

èco!

uma pausa nessa besteira toda de geladeira (haha)
mas acho que vou deixar um link direto pra essa história aí na direita, pq temo que será um post infinito.

ando lendo um livro do Umberto Eco para o meu TFG, chama-se "Viagem na Irrealidade Cotidiana". é antigo, escrito em meados dos anos 70. mas é legal ver como algumas questões acabaram sendo resolvidas ao longo dos anos, de maneiras impensáveis na época; outras permanecem exatamente iguais e inalteradas; e outras não estão mais no lugar, mas porque simplesmente mudaram de endereço.
vai aí um trecho que me chamou a atenção:
~

A Insecuritas

"Insegurança" é uma palavra-chave: é preciso inserir essa sensação no quadro das aflições milenaristas ou "quiliásticas": o mundo está no fim, uma catástrofe final acabará com o milênio. Os famosos horrores do ano Mil são uma lenda, como já foi demonstrado, mas que durante todo o século X serpentava o medo do fim, isso também já foi demonstrado (exceto que no término do milênio a psicose já tinha passado). No que se refere aos nossos dias, os temas recorrentes da catástrofe atômica e da catástrofe ecológica (além do presente estudo) bastam para indicar vigorosas correntes apocalípticas. Como corretivo utópico havia naquela época a idéia da "renovatio imperii" e há hoje a idéia bastante modulável de "revolução", ambas com sólidas perspectivas reais, salvo defasagens finais em relação ao projeto (não será o Império a se renovar, mas haverá o renascimento das comunas e as monarquias nacionais a disciplinar a insegurança). Mas a insegurança não é apenas "histórica", é psicológica, incorpora-se na relação homem-paisagem, homem-sociedade. Perambulava-se pelos bosques à noite vendo-os apinhados de presenças maléficas, não era conveniente aventurar-se tão facilmente fora do povoado, andava-se armado; condição a que chega o habitante de Nova Iorque, que não põe mais os pés depois das cinco da tarde no Central Park, ou presta atenção para não pegar um metrô que o deixem, por engano, no Harlem, nem toma o metrô sozinho depois da meia-noite, e mesmo antes, se é uma mulher. Entretanto, ao mesmo tempo que em toda a parte as forças policiais começam a reprimir os saques mediante massacres indiscriminados de bons e maus, instaura-se a prática do roubo revolucionário e do seqüestro de embaixador, assim como um cardeal com seu séquito podia ser capturado por um Hobin Hood qualquer e ser trocado por um par de alegres companheiros da floresta, destinados à forca ou à roda. Último retoque no quadro da insegurança coletiva, o fato de que como naquela época, e diferentemente dos usos instaurados pelos Estados modernos liberais, a guerra não é mais declarada (a não ser no fim do conflito, vide Índia e Paquistão) e nunca se sabe se se está em estado de beligerância ou não. De resto, que se vá a Livorno, a Verona ou a Malta para perceber que tropas do Império aquartelam-se nos vários territórios nacionais como presídio contínuo, e trata-se de exércitos plurilíngües com comandantes continuamente tentados a usar essa força para guerrear (ou fazer política) por conta própria.

domingo, julho 17, 2005

o conto absurdo interminado

Como já disse, estou numa fase meio literária. e estou aproveitando o blog pra escrever. acabei de jantar, sentei ao computador e começei a escrever qualquer coisa que me veio à cabeça agora. e pra variar, não sei por onde continuar. está interminada a história, se alguém quiser escrever o resto, sinta-se à vontade.
PS.: no, I'm not loosing it.
~
AUMENTADO
~

certo dia, a cozinha acordou diferente. não estavam mais lá o forno microondas, a geladeira, a batedeira, o freezer, e a lava-louça. na pia, um bilhete escrito:
"APOSENTAMOS POR TEMPO DE SERVIÇO"
a mulher, ao chegar à porta, quase desfaleceu sobre o tapete de náilon que cobria a entrada da cozinha.
passado o susto, e já de certa forma consolada com a idéia de renovar seu estoque de utensílios domésticos, foi às compras. geladeira, microondas, freezer... tudo junto não podia ser comprado. haveria de ser um de cada vez.
e daí veio o complicado desafio de eleger qual seria o eletrodoméstico da vez.
Um primeiro pensamento sugeria escolher o fogão. ah, o que seria da vida sem fogão? quitutes, massas, molhos, arroz, feijão, tudo o que era gostoso de se comer à mesa saía da boca do forno e das chamas do fogão. talvez o voto fosse mesmo para ele.
mas... o fogão apresentava perigos. o fogo, ah o fogo, o grande aliado do fogão, aquele que, ao mesmo tempo que esquenta as comidas, incendeia casas e causa queimaduras de terceiro grau em crianças curiosas.
e se meu filho gostar do fogão novo, resolver brincar lá e se queimar? - pensou, segurando as mãos com certa aflição que só uma mãe pode sentir.
a lava-louças! oh sim, a lava-louças, aquela que sempre ajudou nos cansados momentos após a janta, aqueles em que tudo o que queria era poder sentar-se ao sofá e ver sua novela sem a obrigação de lavar os pratos de todos.

... e eu estou melhorando do intestino.
ah é, ninguém perguntou.

urge to write

tenho tido algumas inquietudes. uma delas, que me persegue desde o término do colegial, era voltar a escrever narrativas.
no colégio era fácil, sempre havia alguma proposta e vira-e-mexe eles deixavam-nos escrever narrativas. e eu sempre tive certo gosto pela escrita narrada, principalmente a mais sóbria e descritiva. talvez daí que tenha surgido meu gosto tanto por Edgard Allan Poe como por Machado de Assis.
de qualquer modo, hoje voltei a escrever. não saíram mais que escassos cinco parágrafos ainda, e não está perto de coisas melhores que escrevi no colegial. mas foi um bom recomeço. e eu espero que eu não volte a fazer como antes, que era manter um certo rítmo até acelerar demais e matar o personagem no meio da história.
porque era quase isso que eu fazia.

sábado, julho 16, 2005

nothing to do 2

... e eu não tenho nada pra dizer
também não tenho mais o que fazer
só pra garantir esse post
eu vou...

nhé

considerações

1. ainda em fase de testes.
peguei um template mais bonito por enquanto, acho que vou fazer um novo a partir deste.
eu gostava da tipologia serifada do outro, mas acho que essa condiz mais com a minha idéia. não que seja algo que se diga "oh meu deus, que idéia maravilhosa, original, única a desse menino", mas é uma idéia. vamos ver se eu terei saco de ir pra frente com esta, ou se vai ser que nem o desenho na parede do meu quarto.
e aparentemente o blogger melhorou bastante desde a última vez que mexi (1 ano e meio atrás ou mais). sem mais propagandas importunando os templates, algumas flexibilidades de formato de data e língua, edição mais precisa do blog em si.

2. há alguns links a serem postos. não me lembro de todos, e creio que eles virão junto com o template novo. no changes for now.

3. infecção intestinal. estou com infecção intestinal. só o fato de ter algum tipo de diagnóstico já me alivia.

quarta-feira, julho 13, 2005

feeling sinister

damon alburn escreveu "i get up around two from a lack of anything to do". eu estava assim, só que não eram duas; eram cinco. acordei no meio da tarde com um barulho bem no ouvido. telefone. pã-lã-lã-lã no ouvido. droga, odeio acordar assustado, seja com alguém seja com o telefone. e não faço idéia de quem tenha sido.mesmo assim, acordei e fui direto ao computador (lack of anything to do mesmo). mesmo com uma puta coçeira nos dedos de pegar o violão a guitarra que seja, e tirar alguma música. não fui na hora e não iria até agora.
convesrsas pelo msn, e o roteiro de sempre: verificar o orkut, verificar o email do terra, verificar o do spymac, ver as notícias no site da folha. nada de mais. o fato é que de uma meia-hora pra cá meu estômago tem comportado-se mal, algo que sobe pela throat. causa? claro, se eu soubesse a causa, não teria isso. minha hérnia de hiato não sossega, vou ter que operar ela; e espero que seja apenas ela. senti algo parecido ontem à tarde, chegando em sampa. isso me deixou meio mal à noite.
~
criar um blog? uma idéia tentadora, mas fútil (desculpem-me os(as) co-autores(as)). principalmente porque, por enquanto, não tenho nada a dizer.
e vale lembrar que uma vez criei um blog comunitáro com amigos, que morreu faz um tempo. nos últimos posts só tinha coisa minha. já tava enchendo.